Os olhos de hortelã de Alice
sábado, 18 de junho de 2011
A paz
sábado, 7 de maio de 2011
Fim, fim, feito por mim.
terça-feira, 3 de maio de 2011
A última refeição da condenada
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O silêncio das horas
5...4...3...2...1...
domingo, 24 de abril de 2011
Alice e seu amor
"Cá estou para uma guerra inesperada
e dificil: lutar contra o meu amor,
o amor que eu sinto.
Puta que pariu!
Civil, despreparada
e desprovida de armas, pareço perder
de cara a empreitada.
Levanto da primeira derrubada
e o bicho já me golpeia certo no
diapasão; justamente o afinador dos fracos,
a bússola sonora
dos instrumentos de canção.
Me emudece, me desafina
ceifa rente meu braço de poema, e,
manca dele, procuro ainda alguma proteção.
Mais um golpe, estou no chão.
O amor caçoa então: quer morrer, danada, não vai lutar não?
Com o bico da chuteira da mágoa
desfiro-lhe dois golpes seguidos no queixo.
O amor ri: não doeu, nem senti!
Irada, engancho minhas pernas em seu
pescoço, tento as tesouras imobilizantes
que copiei das lutas da televisão.
(Que nunca gostei, será que prestei a devida atenção?)
O amor interpreta mal...
Ah, quer me seduzir? Enforcar, que é bom, não?
Eu nada falava, torcia pernas, me esgotava,
fremindo-lhe a cabeça entre as coxas.
Isto pra mim é trepada, boba!
Eu gosto do aperto, do cheiro da roxa
e de te ver roxa.
E gargalhava.
Cansada, humilhada e sem
munição, desmaio e me entrego:
pode me matar, amor
eu estou na sua mão.
O amor me olha de cima então:
querida minha, eis o segredo da esfinge
eis o problema diante da solução:
matar-te é matar-me
e matar-me é matar-te.
Se no chão do amor estava,
nesse chão continuei então.
Deitada sob o amor,
debaixo do amor,
no ringue do amor,
o amor me beijou,
me beijou, me beijou."
Elisa Lucinda
terça-feira, 19 de abril de 2011
Doa-se uma Alice
Dar amor, carinho, palavras amigas, sexo...
Alice não está se importando em receber. Aliás, Alice está achando isso o máximo!
As vezes, Alice vacila, afinal, receber, nem que seja um olhar, de reciprocidade, ajuda. Mas no momento seguinte em que Alice recebe esse olhar de gratidão de volta, ela se esquece de tudo...
Seja por simplesmente ouvir os problemas da melhor amiga e no dia seguinte, logo na primeira hora, mandar um msg dizendo que a ama... seja oferecendo chá aquela que sempre fora,em sua opinião, intragável, e que agora se mostrava humana... seja no momento exato do clímax em que olha nos olhos do seu e descobre ali, seu Paraíso... e mais: descobre que ali também reside o Paraíso particular dele... Alice vem descobrindo que palavras não importam quando se faz amor por telepatia... sim, é clichê, mas é verdade!
Alice não quer explicações, não mais, não tantas. Alice quer cada vez menos. Alice quer se dar. Se dar de um modo pleno, daquele jeito que ela sempre quis e que por convenções, evitava.
Alice amadurece. A duras penas, mas antes tarde.
Aproveitem a fase pragmática de Alice! Afinal, nem todos os dias são de sol... há o inferno astral, como diria alguém especial.
Você precisa de algo?
Doa-se uma Alice!
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ouve esse povo que sabe das coisas, Alice...
Fernando Pessoa